Os professores da Rede Estadual de Ensino Público, vinculados ao
Sindicato Apeoc, votaram a favor da greve geral que começa,
oficialmente, na próxima sexta-feira (05). A decisão foi tomada ontem (01) em
uma assembleia realizada no Ginásio Paulo Sarasate, com a presença de
mais de quatro mil educadores. No total, 24 mil profissionais devem
ficar fora das salas de aula em
todos os 184 municípios cearenses. A paralisação será por tempo
indeterminado.
A greve foi motivada pela proposta apresentada pelo Governo do Estado,
na audiência realizada, na última quinta-feira, que não agradou aos
professores e diretores da entidade laboral. O plano exibido por Cid
Gomes, entre outros itens, divide a atual tabela de vencimento em duas
categorias – nível médio e graduado -, aplicando o valor de R$ 1.187
para início de carreira, não oferecendo readequação à Lei Nacional do
Piso (11.738/08).
O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, explicou que a paralisação
foi a última alternativa para reivindicar o que ele chamou de quebra do
processo de negociação. Para ele, tirar os professores da sala de aula
será a principal maneira de lutar contra a “intransigência e a
impaciência do governador do Estado”. Anízio ressaltou ainda que o plano
apresentado na última rodada de negociação foi uma “imposição” de Cid
Gomes, rechaçando completamente o piso salarial dos professores. “O
governador mostrou para os professores e a sociedade a sua falta de
paciência no momento que não complementou uma proposta. A sua decisão
destrói a carreira do professor e estamos utilizando a greve como uma
ferramenta de defesa da Educação e da valorização dos profissionais. Com
a paralisação, vamos tentar abrir, novamente, outro canal real de
diálogo para que o governador reconheça a nossa luta”. Apesar da
greve começar oficialmente na sexta-feira, Anízio Melo disse que, a
partir de hoje, várias mobilizações já estão agendadas dentro e fora das
escolas. De acordo com ele, os professores farão atividades extras,
conversando e explicando as reivindicações para os pais e alunos das
escolas estaduais. “Até o dia da greve, vamos cumprir as nossas
obrigações, levando em consideração os ritos legais e constitucionais”,
complementou. Mais informações no site da APEOC-CE, a fonte.
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