2 de ago. de 2011

CEARÁ: DECRETADA GREVE GERAL POR PROFESSORES ESTADUAIS

Os professores da Rede Estadual de Ensino Público, vinculados ao Sindicato Apeoc, votaram a favor da greve geral que começa, oficialmente, na próxima sexta-feira (05). A decisão foi tomada ontem (01) em uma assembleia realizada no Ginásio Paulo Sarasate, com a presença de mais de quatro mil educadores. No total, 24 mil profissionais devem ficar fora das salas de aula em todos os 184 municípios cearenses. A paralisação será por tempo indeterminado. 
A greve foi motivada pela proposta apresentada pelo Governo do Estado, na audiência realizada, na última quinta-feira, que não agradou aos professores e diretores da entidade laboral. O plano exibido por Cid Gomes, entre outros itens, divide a atual tabela de vencimento em duas categorias – nível médio e graduado -, aplicando o valor de R$ 1.187 para início de carreira, não oferecendo readequação à Lei Nacional do Piso (11.738/08). 
O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, explicou que a paralisação foi a última alternativa para reivindicar o que ele chamou de quebra do processo de negociação. Para ele, tirar os professores da sala de aula será a principal maneira de lutar contra a “intransigência e a impaciência do governador do Estado”. Anízio ressaltou ainda que o plano apresentado na última rodada de negociação foi uma “imposição” de Cid Gomes, rechaçando completamente o piso salarial dos professores. “O governador mostrou para os professores e a sociedade a sua falta de paciência no momento que não complementou uma proposta. A sua decisão destrói a carreira do professor e estamos utilizando a greve como uma ferramenta de defesa da Educação e da valorização dos profissionais. Com a paralisação, vamos tentar abrir, novamente, outro canal real de diálogo para que o governador reconheça a nossa luta”. Apesar da greve começar oficialmente na sexta-feira, Anízio Melo disse que, a partir de hoje, várias mobilizações já estão agendadas dentro e fora das escolas. De acordo com ele, os professores farão atividades extras, conversando e explicando as reivindicações para os pais e alunos das escolas estaduais. “Até o dia da greve, vamos cumprir as nossas obrigações, levando em consideração os ritos legais e constitucionais”, complementou. Mais informações no site da APEOC-CE, a fonte.

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