Seria mentirotoso com o meu eu se dissesse que consigo ler as alucinações, em forma de poesias, de uma normal criatura que se perde em um mundo diferente, a Fátima Oliveira ("Oliveira"?), e não me sentisse perdido entre suas inebrianbtes intenções que não as são reaias.
Apesar de já ter, há um bom tempo, o seu espaço virtual (AQUI) de divulgação, faço questão de compartilhar com os leitores do TN mais uma de suas viagens (adormecimento). Segue abaixo:
Faminta por rotina!
"Poeticamente
calada pela rotina de mais uma noite em que a rua fica vazia, sem
casais, sem bares, sem motos, sem vidas. Vidas que misteriosamente
adormecem em um sono cansado que não deixam perceber de que sonhos se
alimentam se será possível um amanhã superar tal doçura. Anjos que
brigam por velar o mais enigmático de todos os espetáculos humanos, o
“entregar-se" à morte na certeza de uma ressurreição na manhã seguinte.
Anjos que não dormem, mas que invadem noites de pessoas normais para
alimentarem as tão doces ilusões de um sonho com o impossível, ou, de um
pesadelo necessário para os que perderam a capacidade de sonhar. O sono
que pega um poeta em meio à poesia inacabada e o faz dormir só para
sonhar com a moldura santa de alguém que transforma noite nostálgica em
poesia real, que supera as palavras e que se transforma na prática de um
beijo sem sustos, onde os sentimentos são reveladores e eufóricos. A
noite quieta agora se faz agitada, os bares se abriram com shows ao
vivo, de olhos fechados é possível ver a multidão de sentidos a andarem
pela noite que já não está escura, nem quieta. Algo foi despertado
enquanto o poeta sonhava e, todos que dormiam agora também despertam em
meio a uma apaixonante busca de vida, mesmo em noites onde nada mais
acontece, exceto a poesia." (Fátima Oliveira - 05/2011)
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