31 de dez. de 2010

DIVIDIR DAS "BOBAGENS" DO PALAVRA SIMPLES É NORMAL DIANTE DE TANTAS APARENTES ANORMALIDADES



Por toda longa caminhada e percursos insanos que fiz até então, foi quase nada o que já vivi: chorei, chorei de novo, sorri em gargalhadas tantas vezes irritantes; briguei, sonhei, causei, dancei... Amei, escondi, disfarcei, declarei e por isso também “dancei". Já nem sei se vale à pena continuar com tantos pretéritos perfeitos, já senti vontade de no final dizer: “dormi, não vi...” Assim, provavelmente eu não teria que dizer o porquê sempre se dança no fim. O pior é ter que admitir-se idiota e duramente seca de sonhos, eu professo essa droga de doce ilusão, mas posso garantir, isso tudo é porque morro em overdoses com esse vício irremediável que costuma fazer parte dos dias de seres desprovidos da sabedoria e insensível sanidade. Bom, e como se trata de um vício, agora eu não consigo controlar a vontade de usar um substantivo “concretamente abstrato” que tanto causa minha fantástica viagem utópica, em mais uma das tantas declarações de amores já escritas e expostas... O amor ainda me deixa bobamente fora da sanidade, pode ser que quando não for mais assim eu  consiga falar de palavras simples. 
(Fátima Oliveira - dezembro/2010)

2 comentários:

Marcelo S. Silva disse...

Essa mulher-menina me surpreende cada vez mais com seus textos filosopoéticos...

geovane disse...

É impressiomante a complexidade destas palavras modestas!!
Fico encantado todas as vezes que me deparo com algo que me faça refletir!!!