14 de set. de 2010

OS ATEUS ESTARIAM QUERENDO INICIAR SUA "GUERRA RELIGIOSA"?

Segundo o Portal Imprensa, a Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos (Atea) entrou com processo contra a Band e o apresentador José Luiz Datena por preconceito. As ações foram enviadas ao Fórum de Taubaté (SP) e ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), após comentários feitos pelo apresentador Datena no programa “Brasil Urgente”, do dia 27 de julho. Segundo o jornal Agora São Paulo, durante a exibição de uma reportagem sobre um crime, o apresentador teria dito que o ato demonstrava “falta de Deus no coração”. No site da Atea, os comentários de Datena foram classificados como rotineiros, “associando explicitamente os tipos mais vis de criminalidade ao ateísmo”. A organização também teria instruído seus integrantes a enviarem reclamações a outros programas jornalísticos, e, ainda, usar o Twitter para fazer uma espécie de campanha contra Datena, escrevendo mensagens com a Tag #CalaBocaDatena. Sobre as reclamações, Datena informou que não tem nada contra “pessoas que não acreditam em Deus” e que estariam levando suas palavras ao pé da letra: “Estão me pegando pela palavra. Logo agora que estou mais calmo”.

Comentário

De fato, chega a ser ridícula a ação contra Datena. Mas, o pior não é isso. O duro é ver os que se dizem ateus entrando em uma “guerra religiosa”. O que eu admiro, ou admirava, nos ateus era justamente a mansidão na sua falta de fé. O próprio fato de os ateus se reunirem em uma Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) já me parece um contrasenso. Daqui a pouco eles viram uma “religião” ou uma seita, sei lá. E, depois, quem sabe no que vai dar. Afinal, em toda a história da humanidade nunca se ouviu que os ateus começassem uma guerra para impor sua falta de fé. O que não acontece com uma grande parte das religiões. Várias delas têm em seu currículo a odiosa mancha da “guerra religiosa”, que nada mais nada menos é a gana de impor sua fé pela ponta da espada.
Será que esses ateus da Atea vão querer iniciar a sua guerra religiosa particular? Será esse mais um sinal do fim dos tempos?

(Blog do Plínio Bortolotti)

3 comentários:

valdinar disse...

e o datena esta certo mesmo, falta de deus no coração para cometer um crime desses, eu por a caso vi a reportagem, e isso e um dizer de quem crer, a propia biblia diz, não seras um incredo, quem nao tem fe em deus vai ter fe em que?

so acho que isso e um ditado de quem e catolico ou de uma outra religião que tenha fe, e os ateus devem respeitar, o datena nao falou que o cara cometeu o crime porque nao tinha fe em deus, ele falou que o cara não tinha deus no coração ora bolas ver se pode, eles estão querendo e aparecer e criarem mais uma religão para induzir a umanidade ter ainda menas fe em deus.

Jorge Muniz disse...

Ainda haverá um longo caminho a percorrer até ser extinto esse ranço religioso que as pessoas carregam, e essa "certeza" absurda que muitos acham que tem e quem não tem é tido como "doente".
Não sou a favor dessas organizações, senão daqui a pouco teremos “templos de adoração ateísta”, mas ai me pego num paradoxo, pois “ATEU” quer dizer exatamente ausência de deuses, ou de crença em uma entidade suprema, e como se poderia se fazer adoração a ausência de algo, seria o mesmo que criar uma sociedade de adoração ao “saci” ou ao “unicórnio rosa”, pois acredito que dos leitores ninhem acredita nessas duas entidades.
E quanto a “falta de deus no coração”, embora seja tratada como um simples modo de falar, traz consigo um leve traço de comparação, que eu poderia dar inúmeros exemplos de que isso não prova nada, pois com esse mesmo “deus” no coração foram cometidos as maiores atrocidades da historia.
E ter ou não ter o “deus no coração”, não funciona como indexador de valores éticos e morais, para mim é apenas uma questão básica de se crer ou não.

Fátima disse...

"religião. missão, crença"...Deus é a energia é a força, são "as respostas". "O Deus" que eu acredito não existi para ser discutido, entendido, muito menos adorado em templos, ou seja, resumido como profecias religiosas, sejam quais forem, noentanto a diversidade humana cultural, e sobretudo particular,criam representaçôes que não necessariamente tenho eu que entender ou concordar, muito menos possibilitar ou imaginar uma extinção, preceitos todos temos estando ligados à religião ou não, porém minha religião como tudo na minha vida é uma escolha, por que "Meu Deus salvador" me sugeri isso e até mesmo querer seguir essa sugestão foi ou é algo que eu determinei pra mim, noentanto, "doença" é termos a utopia de que "o fim é concreto"